terça-feira, 18 de agosto de 2009
NÓS NÃO SOMOS NADA DIANTE DE DEUS!
Aquilo que faz de nós o que somos, e nunca outra coisa, é nossa imaginação; por mera vaidade chamamo-nos de homens, não de matéria, achando que há diferença entre uma coisa e outra. Se pensamos que ter consciência é algo que nos livra de quaisquer responsabilidades para com a física, a ciência chora por nós. Mesmo com o peito coberto de condecorações distintivas, somos todos os mesmos severinos, todos zés-ninguém, todos acasos biológicos que, ao nascer, recebem uma missão, um prazo de validade, um número de série e uma imbecilidade suficiente para acreditar no contrário. Tanto faz se nos consideramos o que pensamos ser; se passamos a ser outra pessoa depois de uma experiência íntima ou depois de almoçar; se continuaremos a existir em nossos filhos ou se os mortos continuarão a existir em nossas lembranças; podemos ser até poéticos, vermo-nos como emigrantes do big-bang. Currículos pomposos só têm importância quando precisamos encontrar bons empregos.
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